Mobilidade é determinante na compra de imóvel

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As pesquisas validam aquilo que todos já sabem: o brasileiro gasta cada vez mais tempo para se deslocar no trânsito das grandes cidades. Segundo dados de uma pesquisa encomendada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI), 31% dos brasileiros gastam mais de 1 hora por dia no trânsito para se deslocar até o trabalho ou escola. Nas cidades com mais de 100 mil habitantes, 39% deles passam mais de uma hora no trânsito, desses 4%  gastam mais de três por dia. “Quanto maior o município de residência dos brasileiros, maior o tempo que eles gastam em seus deslocamentos rotineiros para trabalho ou estudo”, afirma CNI.

Segundo o mesmo levantamento em 2011, a maioria (26%) levava uma hora em média. Três anos, depois, este percentual aumentou (31%). Além desse crescimento, também tem aumentado o descontentamento com o transporte público. Mais da metade das pessoas que usam a bicicleta diz que é para economizar tempo.

Por isso, a mobilidade urbana é tão discutida nas capitais e nos maiores centros urbanos. Também tem sido fator de importante decisão para construtoras quando iniciam um novo projeto residencial ou comercial. Questões como: agilidade e facilidade no deslocamento dos moradores, seja de carro, transporte público ou a pé, além de uma vasta oferta de serviços no entorno dos empreendimentos, funcionam como fatores essenciais nos estudos preliminares para a escolha dos novos locais de construção.

De acordo com a direção da Construtora Escudo, essa é uma tendência de mercado e que é aplicada aos seus projetos. “Independente da faixa de renda do nosso público consumidor, temos essa preocupação em nossos projetos. Hoje, em nossa carteira temos empreendimento da faixa econômica (que é o Home Practice), como temos de médio padrão (Edifício Arpoador), e ambos possuem localização privilegiada nos bairros implantados – respectivamente Cohab e Renascença – e estão próximos dos serviços essenciais aos seus moradores, conforme mapeamento feito”, explica o diretor comercial, Fernando Duailibe.

Para os corretores de imóveis esses aspectos servem como diferenciais de produto no momento da venda, e ajudam a aquecer o mercado. “Vender mobilidade e facilidades como ‘você está a 3 minutos do seu local de trabalho, perto dos principais centros empresariais e de lazer da cidade (restaurantes, shoppings, bares, praias, cinemas, etc), agregam valor ao condomínio e funcionam como critério de decisão, diante das configurações atuais dos nossos centros urbanos”, afirma o corretor Elberth Castro.

Se perde tempo e dinheiro também. Segundo a Firjan, se 17 milhões de brasileiros demoram em média 114 minutos, ou seja, quase duas horas pra ir e voltar do trabalho. Se toda essa gente usasse todo esse tempo para produzir, sabe quanto isso significaria em dinheiro? R$ 111 bilhões.